segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Fifa escolherá ao mesmo tempo sedes de 2018 e 2022

Da Trivela

As sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022 serão anunciadas ao mesmo tempo, anunciou a Fifa neste sábado. Após a reunião do comitê executivo em Tóquio, o presidente Joseph Blatter revelou que o processo de candidatura será aberto no próximo mês, com a confirmação das sedes prevista para dezembro de 2010.

Com o fim do rodízio de continentes, qualquer país têm direito a se candidatar. A Inglaterra, que não recebe um Mundial desde 1966, é vista como favorita para sediar em 2018.

"A Inglaterra será forte candidata, mas há outros candidatos fortes", comentou Blatter. "Há a Espanha, sozinha ou com Portugal, há uma candidatura interessante de Holanda e Bélgica. Talvez o Catar, fora da disputa por uma Olimpíada, vá em busca da Copa do Mundo. A luta está aberta".

Países como Austrália, China, México e Rússia já mostraram interesse em lançar candidaturas. A intenção da Fifa ao escolher duas sedes simultaneamente tem como intenção dar mais tempo aos países para levar adiante as obras de infraestrutura, em um período de recessão financeira global.


Na prática, a Fifa sabe que a Copa de 2018 deverá ser na Europa, já que as próximas duas serão na África e na América do Sul. O período de oito anos já será excelente para que a vencedora - Inglaterra, muito provavelmente - se prepare. Como em 2022 a Europa ficará de fora do rodízio, a intenção é dar mais tempo para os outros países, teoricamente com mais a fazer por serem centros menores do futebol, como Estados Unidos, China e Austrália. Os problemas na organização da Copa de 2010 e a inércia em que está a preparação para 2014 são o verdadeiro motivo por trás de tudo.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Ranking da FIFA - dezembro 2008

A Espanha terminou o ano como melhor seleção de 2008. No ranking mensal da FIFA divulgado nesta quarta, a Fúria aumentou sua liderança para a Alemanha, segunda colocada: são 1663 pontos contra 1381, uma das maiores diferenças da história do ranking. Até por isso, será muito difícil uma mudança no topo até o próximo torneio oficial - a Copa das Confederações, em junho.

A Holanda ultrapassou a Itália e assumiu o terceiro lugar. Já o Brasil permanece na quinta colocação, mas mais próximo da Argentina, sexta, do que dos italianos. A novidade no Top 10 é a Turquia, que subiu três posições e ultrapassou França, Portugal e República Tcheca.

Quem mais subiu no mês foi Fiji, que derrotou a Nova Zelândia na última partida das Eliminatórias da Oceania e galgou 31 posições, chegando ao 106º lugar, sua melhor marca. Já quem mais caiu foi exatamente os All Blacks, que perdeu 26 lugares e foi para a 86ª posição. Foram disputadas 89 partidas no período analisado.

1040 partidas entre seleções foram realizadas em 2008, 25 a menos do recorde de 2004.


Confira o Top 20:



segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

História das Copas - Suíça 1954 (parte II)

A Copa de 54 foi disparada a com maior média de gols por jogo, com 140 gols marcados em 26 jogos, dando espantosos 5,38 por partida. As goleadas da Hungria colaboraram em parte para isso, mas foi uma das partidas das quartas-de-final que detém até hoje o recorde de mais gols em um jogo de Copa do Mundo: a Áustria venceu os anfitriões suíços em uma partida recheada de gols (foram 12 no total) e muita emoção: 7 a 5, com direito a duas viradas no placar para cada time. Em outro jogo movimentado, os uruguaios, atuais campeões, eliminaram a Inglaterra com uma vitória por 4 a 2. A Alemanha derrotou a Iugoslávia por 2 a 0 e a Hungria eliminou o Brasil no jogo que foi conhecido como "A Batalha de Berna".

Os húngaros menosprezaram os brasileiros, e pareciam ter feito a coisa certa quando abriram 2 a 0 no placar com apenas sete minutos de jogo. Djalma Santos diminui dez minutos depois através de um pênalti, acalmando os nervos do Brasil. A confusão começou no terceiro gol húngaro: Pinheiro e Czibor trombaram na área e o juiz inglês marcou pênalti, convertido por Lantos. Na saída de bola, Julinho diminui para 3 a 2. Boszik e Nilton Santos se desentenderam e foram expulsos. O futebol saiu de campo e foi substituído pela selvageria. Carrinhos e pontapés eram dados a todo momento, e o Brasil teve mais um jgoador expulso. Ao final da partida, jogadores dos dois times se envolveram em uma briga que foi até os vestiários. Foi o fim da participação brasileira na Copa, a primeira com a camisa amarela, já que a camisa branca foi abandonada pela CBD após a derrota para o Uruguai em 1950. Mas aquela camisa amarela, naquele momento vermelha de sangue, ainda daria muitas alegrias a todos os brasileiros.

Semifinais

Após a batalha de Berna, a Hungria teria outro duro jogo pela frente: os uruguaios, atuais campeões. Se a Celeste vencesse a Copa, ficaria definitivamente com a posse da Taça Jules Rimet. Era então um incentivo a mais.

A partida, difícil, terminou empatada em 2 a 2 no tempo normal, mas na prorrogação o time de Puskas e Kocsis tratou de despachar os sulamericanos com mais dois gols. Na outra semifinal, a Alemanha massacrou a Áustria por 6 a 1, garantindo a vaga na final. Na decisão do terceiro lugar, os austríacos conseguiram a sua melhor colocação em uma Copa, premiando a melhor geração de jogadores do país, ao derrotarem os uruguaios por 3 a 1.

A final

Era uma questão de tempo para a Hungria se sagrar campeã do mundo, considerada por todos a favorita principal ao título e, no jogo contra a Alemanha, não poderia ser diferente. Os alemães queriam provar que também tinham valor e vingar a humilhante derrota por 8 a 3 para os húngaros na primeira fase. Se antes do início do jogo todos consideravam a seleção húngara campeã mundial, após os primeiros minutos a certeza ficou maior ainda, pois com 8 da primeira etapa a Hungria já abrira 2 a 0 no placar, com Puskas e Czibor.

A Alemanha, entretanto, controlou o nervosismo, equilibrou o jogo e conseguiu o empate dez minutos depois, com Morlock e Rahn. A partir daí, o baque foi tão grande para os magiares que eles não conseguiram produzir mais nada: Puskas estava irreconhecível e toda a equipe jogava de forma desorganizada, desesperados para marcar mais um gol. Foi nessa hora que a frieza alemã entrou em campo e, a seis minutos do final, Rahn aproveitou um rebote e emendou um petardo que foi parar no fundo das redes do goleiro Grosics.

O mundo estava chocado. Pela segunda vez consecutiva, o grande favorito à conquista da Copa era batido por um time que muitos consideravam uma zebra. Essa foi a única derrota da Hungria em 49 partidas, de 1950 a 1956, uma das maiores séries invictas de uma seleção na história. A Hungria perdia assim a sua segunda final, nunca mais repetindo o desempenho nas Copas seguintes.

Para a Alemanha, foi uma vitória da superação, pois todo o mundo ainda via o país com desconfiança e desprezo após a Grande Guerra. Recentemente, foi lançado um filme chamado "O milagre de Berna", que conta a história dessa tão importante conquista para o povo alemão, sem auto-estima, marginalizado e excluído na época.

V Copa do Mundo - 1954 - Suíça

Campeão: Alemanha
Vice: Hungria
3º lugar: Áustria
4º lugar: Uruguai

Total de jogos: 26
Gols marcados: 140
Média de gols: 5,38 por partida (maior média da história)
Artilheiro: Kocsis (Hungria) - 11 gols

O Brasil: 6º lugar - 3 jogos (1V, 1E e 1D), 8GP/5GC
Jogos: Primeira fase: Brasil 5x0 México (Pinga (2), Didi, Julinho e Baltazar)
Brasil 1 x 1 Iugoslávia (Didi / Zebec)
Quartas-de-final: Brasil 2 x 4 Hungria (Djalma Santos e Julinho / Kocsis (2), Hidegkuti e Lantos)

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Federação demite treinador da Bulgária


Plamen Markov não é mais treinador da Bulgária, anunciou hoje a federação nacional. Após três empates nas Eliminatórias (com Itália, Geórgia e Montenegro) e uma goleada sofrida para a Sérvia por 6 a 1 em amistoso no último dia 19, o presidente da BFU, Borislav Mihailov, afirmou que a decisão pela saída do técnico foi unânime.

Markov, 51, assumiu em janeiro e já havia dirigido a seleção búlgara anteriormente. Sob seu comando, a equipe conquistou 3 vitórias, 3 empates e apenas uma derrota - mas as vitórias foram todas em amistosos. Nasko Sirakov, membro do comitê executivo da federação, afirmou que a entidade definirá o nome do substituto em breve.