segunda-feira, 28 de abril de 2008

Conheça a seleção - Iêmen


Convido a acessarem uma colaboração especial para a Trivela sobre o Iêmen, mais uma dentre tantas seleções desconhecidas no mundo do futebol.

O texto completo você confere aqui.



É inevitável: quando se fala em árabes e no Oriente Médio, as imagens que vêm à mente são de desertos e monarcas poderosos graças ao petróleo. Mas um pequeno país ao sul da Península Arábica tenta fugir do estereótipo e se firmar política e economicamente na região. Trata-se do Iêmen, uma república parlamentarista de economia predominantemente rural e agrícola, por possuir ao norte uma das áreas mais férteis do Oriente Médio.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Carlos Alberto Parreira deixa comando da África do Sul


O técnico brasileiro Carlos Alberto Parreira anunciou nesta segunda-feira que não comanda mais a seleção da África do Sul. Parreira alegou problemas particulares, mas o presidente da Federação Sul-Africana de Futebol, Molefi Oliphant, admitiu que a esposa do treinador tem graves problemas de saúde.

"Saio de coração partido por não levar o trabalho até o fim. Minha família precisa de mim, principalmente minha esposa, que precisa que eu esteja ao seu lado. Após 36 anos de casamento, não posso dizer não", disse o técnico.

Parreira havia sido contratado para comandar a equipe da casa na Copa do Mundo de 2010 e deixa o cargo após resultados inexpressivos, como uma eliminação na primeira fase na Copa Africana de Nações. Entretanto, ele disse acreditar que o país-sede tem condições de fazer uma boa figura no Mundial.

"Não estou feliz com esta decisão. Não há vencedor. Não é bom para mim romper o contrato quando as coisas iam bem. Mas a filosofia está aqui. O trabalho terá que ser julgado na Copa. Se o trabalho for mantido, tenho certeza que a seleção se sairá bem no Mundial", concluiu.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

História das Copas - França 1938 (parte I)


A França foi escolhida como sede da Copa de 38 sob as negras nuvens da Segunda Guerra Mundial, que já anunciavam a tempestade que viria. A Argentina também se candidatou, e com a derrota boicotou a competição, bem como o Uruguai e os outros times americanos. Apenas Brasil e Cuba quiseram participar, se classificando automaticamente. Desta vez, o campeão anterior e o país-sede não precisaram disputar as eliminatórias, e o sistema de disputa foi o mesmo da edição anterior.

O Brasil não enfrentou os problemas das edições anteriores, indo à Europa com força máxima. Bem organizada, a delegação desembarcou em solo francês antecipadamente e aproveitou o tempo extra para treinar e se adaptar ao ambiente. O Brasil era, naquela ocasião, o time mais badalado da Copa, mais até do que os campeões italianos, e tinham lugar assegurado no coração dos franceses como seu segundo time.

Brasil e Polônia fizeram um dos jogos mais memoráveis da história das Copas. Pelas oitavas-de-final, um jogo de 11 gols que foi para a prorrogação teve seu destino mudado várias vezes. Os poloneses cantavam vitória, embalados pela boa campanha nos Jogos Olímpicos de 36, em Berlim. Mas logo o Brasil já deu seu cartão de visitas: Leônidas abriu o placar e, ao final do primeiro tempo, o placar marcava 3 a 1.

Mas na segunda etapa os poloneses empataram em 4 a 4, e a prorrogação foi tensa. Leônidas tratou logo de acabar com o ímpeto dos poloneses marcando dois gols ao início do tempo extra, e mesmo que Willimowski tenha diminuído, o Brasil já estava classificado. Leônidas da Silva começou aí a se tornar o artilheiro e melhor jogador desta Copa.

Ainda pelas oitavas-de-final, a anfritriã França passou sem problemas pela Bélgica, da mesma forma que Tchecoslováquia e Hungria fizeram, respectivamente, com Holanda e Antilhas Holandesas (que só participou da Copa por causa da desistência do Japão).

A campeã Itália só bateu a Noruega na prorrogação, enquanto que dois confrontos terminaram empatados mesmo depois do tempo extra e precisaram de uma nova partida: Alemanha e Suíça empataram em 1 a 1 no jogo de abertura, e os suíços venceram o segundo jogo por 4 a 2; Cuba e Romênia também ficaram iguais, só que em 3 a 3. Na segunda partida, a surpresa: um gol de Sosa a acinco minutos do fim levou a seleção cubana às quartas-de-final da Copa. Um feito impressionante para um país que nunca mais disputaria uma Copa do Mundo. (continua)

*Foto:
o goleiro alemão Rudolf Raftl acompanha um lance do jogo de abertura da Copa, entre Alemanha e Suíça.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Jesus Ramirez é o novo técnico do México


A Federação Mexicana de Futebol anunciou a nomeação de Jesus Ramirez como técnico interino da seleção principal. Ramirez substitui Hugo Sanchez, demitido após a desclassificação da El Tri no Pré-Olímpico. Sanchez ficou apenas 14 meses no cargo.

Ramirez possui longo trabalho no futebol de base. Ele foi o técnico da seleção mexicana na conquista do Mundial Sub-17 em 2005, no Peru. Trabalhou também no Atlante e foi assistente técnico do Necaxa em 2001. Em 2002, assumiu as seleções de base do país.

A contratação de Ramirez, ainda que de forma temporária, gerou bastante polêmica no país, por ser considerado inexperiente para o cargo. A Femex não informou até quando ele comandará a seleção. Ramirez estréia quarta-feira, dia 16, em amistoso contra a China em Seattle, nos Estados Unidos. O México enfrenta Belize, em junho, pela segunda fase das Eliminatórias da Concacaf para a Copa de 2010.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Fifa faz seguro para Copa de 2010

Fonte: Máquina do Esporte

A Fifa decidiu fazer, por conta própria, um seguro para se prevenir contra qualquer tipo de problema que leve ao cancelamento da Copa do Mundo de 2010, na África do Sul. Dessa forma, a entidade que comanda o futebol depositou 400 milhões de libras (R$ 1,3 bilhão) para se prevenir.

A medida foi adotada após a Fifa não conseguir fechar um seguro tradicional com nenhuma empresa do ramo. As companhias se negam a fazer um acordo por esse montante em virtude do grande risco de a Copa do Mundo ser cancelada, segundo prognósticos das próprias seguradoras.

A empresa Munich Re, responsável pelo seguro na última Copa do Mundo, informou que o mercado vê com ressalvas a realização do Mundial na África do Sul, apesar do otimismo da Fifa. Segundo a empresa, boa parte dos estádios no país é para rugby e necessitam de grandes reformas estruturais devido às más condições dos locais.

O temor das seguradoras é maior tendo em vista a realização da Copa das Confederações, no mesmo país que abrigará a Copa do Mundo. Apesar de estar agendada para 2009, os organizadores já trabalham com a hipótese de o torneio ser adiado.

Por conta desses problemas, a Fifa estuda a possibilidade de obrigar os comitês organizadores das candidaturas para os próximos mundiais a criarem, por conta própria, um seguro garantindo a realização das competições.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Craques da Copa - Fritz Walter


A história de Kaiserslautern confunde-se com a de Fritz Walter, nascido nesta pequena cidade às margens do Rio Reno em 1920. De infância sofrida, viu o terror da Primeira Guerra Mundial de perto. Começou a jogar no clube que leva o nome da cidade aos oito anos e, como reconhecimento de seu talento, estreou no time principal aos 17.

Com 19, foi convocado pela primeira vez pelo técnico da seleção alemã e, em seu primeiro jogo, marcou três gols na vitória de 9 a 3 sobre a Romênia. Entretanto, como a maioria dos jogadores de sua época, Fritz Walter perdeu seus melhores anos para a guerra, época em que todas as competições esportivas internacionais foram paralisadas. Prisioneiro dos russos em 1942, teve sorte de voltar ileso para casa - e para o futebol - em 45.

Sem perder a velha forma, Fritz Walter levou o Kaiserslautern a vencer o campeonato alemão em 51 e em 53, com o time sendo conhecido por "os 11 de Walter", tamanha era sua representatividade. Na Copa de 54, ele era o capitão alemão e teria que cumprir a difícil tarefa de derrotar os até então invencíveis húngaros. Os alemães tiveram sua auto-estima destruída pela derrota na Segunda Guerra e o esporte era a única válvula de escape da população, muito pobre pelos estragos da guerra.

Apesar da vitória contra a Turquia na partida de estréia, a Alemanha foi humilhada pela Hungria por 8 a 3. Fritz não fez nenhum gol neste jogo, cabendo ao seu irmão, Ottmar Walter, o papel de artilheiro da seleção alemã naquela Copa. Os germânicos se classificaram após outro jogo contra a Turquia, e dessa vez Fritz Walter marcou.

Após vitórias sobre Iugoslávia - nas quartas - e Áustria - um massacre nas semifinais -, os alemães enfrentariam novamente a Hungria, favoritíssima ao título, na final. E na mesma Berna onde acontecera o jogo conhecido como "a batalha", houve também "o milagre". Os húngaros abriram 2 a 0, mas os alemães, liderados por Fritz Walter, viraram para 3 a 2 e conquistaram seu primeiro título mundial. O capitão da seleção alemã, aquele menino pobre de Kaiserslautern, levantava o troféu num momento em que toda a nação alemã se sentia viva novamente.

Na seleção, ainda disputou a Copa de 58 na Suécia, contundindo-se na semifinal. Os alemães ficaram em quarto lugar no torneio e Fritz Walter despediu-se do time nacional. Encerrou sua carreira no Kaiserslautern, único clube que defendeu a vida toda, em 1959, após marcar 306 gols em 359 jogos - uma marca notável para um meio-campo.

Em 1985, o estádio Betzenberg foi renomeado para Fritz Walter Stadium, uma homenagem pequena se considerado tudo aquilo que ele fez pela cidade. Morreu em 2002, aos 81 anos.

Nome: Fritz Walter
Data de nascimento: 31/10/1920
Date de morte: 17/06/2002
Local de nascimento: Kaiserslautern, Alemanha

Carreira:

Em clubes:
1928 a 1959: Kaiserslautern (306 gols em 279 partidas)

Na seleção:
33 gols em 61 jogos (3 gols na Copa de 54)

Títulos:
1951 e 1953: Campeão alemão
1953: Artilheiro do campeonato alemão
1954: Campeão da Copa de 54
1970: Grande Cruz da Ordem do Mérito da Alemanha Ocidental

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Conheça a seleção - Ilhas Virgens Britânicas


Convido a acessarem uma colaboração especial para a Trivela sobre as Ilhas Virgens Britânicas, mais uma dentre tantas seleções desconhecidas no mundo do futebol.

O texto completo você confere aqui.

Quantas seleções no mundo podem comemorar a própria desclassificação de uma eliminatória para a Copa do Mundo? Ainda mais se ela vier após dois empates fora de casa com Bahamas, 178º colocado do ranking da Fifa? Certamente, poucas. Mas há quem comemore – e muito. Mesmo eliminadas, as Ilhas Virgens Britânicas, que aparecem 15 postos abaixo dos Baha Boyz no ranking da Fifa, acabaram de conquistar na última semana seus dois primeiros pontos em competições oficiais.

Pouco importa o fato de que o adversário utilizou uma equipe composta basicamente por jogadores que disputaram a fase preliminar do Pré-Olímpico no ano passado. Importa menos ainda que a classificação, antes sonho distante, esteve a um gol de distância. Completos azarões, os Nature Boyz comemoraram como se fosse uma final de Copa do Mundo, ao som do fungi, o ritmo local.

Também, pudera. A seleção é composta inteiramente por amadores, já que não existe futebol profissional nas 54 ilhas que formam o arquipélago. Difícil imaginar investimentos no futebol de um país que nem é país – como diz o nome, é um território britânico.