segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Eliminatórias - Repescagem da Ásia

05/09 - Bahrein x Arábia Saudita
09/09 - Arábia Saudita x Bahrein

Os classificados da Ásia para a Copa de 2010 já foram definidos em junho, mas ainda há muito o que se decidir por lá, com uma vaga ainda em jogo: nesta semana, Arábia Saudita e Bahrein se enfrentam por um lugar na repescagem diante da Nova Zelândia, campeã da Oceania.

As duas equipes terminaram no terceiro lugar na fase anterior: enquanto os barenitas jamais ameaçaram japoneses e australianos, os sauditas perderam pontos cruciais, como no empate em casa com o Irã, e principalmente no confronto direto com a Coréia do Norte: empate em casa e derrota em Pyongyang, que acabaram por custar a classificação direta no saldo de gols. A campanha começou turbulenta na primeira fase, com o técnico Hélio dos Anjos sendo demitido após derrota para o Usbequistão.

A Arábia é favorita no duelo, especialmente por decidir em casa. Entretanto, há quatro anos, quando a repescagem foi disputada pela primeira vez nestes moldes, o Bahrein eliminou o Usbequistão, para depois ser derrotado por Trinidad & Tobago.

Nos últimos confrontos, foram duas goleadas sauditas por 4 a 0: na Copa da Ásia de 2007 e nas Eliminatórias para a Copa de 2001. O Bahrein venceu na Copa do Golfo de 2004, por 3 a 0.

Os artilheiros dos dois times são Abdoh Autef, atacante do Al Shabab, com 4 gols em 13 jogos, e Salman Isa, Mahmood Abdulrahman e Aala Hubail, todos com três cada.
A Arábia Saudita busca sua quinta participação em Copas do Mundo, a quinta consecutiva. Já o Bahrein ainda não estreou em Mundiais.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Convocações para as Eliminatórias

* Com informações da Trivela.

Bolívia: O atacante Marcelo Moreno, do Werder Bremen, da Alemanha, é o destaque na lista do técnico Erwin Sanchez para os jogos contra o Paraguai, em Assunção, no dia 5, e diante do Equador em La Paz, quatro dias depois.

O treinador, entretanto, deixou de lado o capitão Ronald Raldes, do Cruz Azul, bem como o atacante brasileiro Alex da Rosa, naturalizado. Os bolivianos estão em penúltimo lugar na tabela, com 12 pontos em 14 jogos, e visitam depois.

França: O técnico Raymond Domenech voltou a convocar o atacante do Barcelona Thierry Henry e o defensor do Arsenal Gael Clichy. O meia Franck Ribéry, do Bayern de Munique, também foi escalado, já recuperado de lesão no joelho. Já o capitão Patrick Vieira, da Internazionale, continua fora que sofre com lesões.

A França, em segundo no Grupo 7, com 13 pontos, enfrenta a Romênia em Paris, no dia 5, e a Sérvia em Belgrado, quatro dias depois. As partidas são decisivas e os Bleus precisam vencer todas até o final das Eliminatórias se não quiserem disputar a repescagem.

Portugal: O atacante Liedson é a grande novidade para os jogos da seleção portuguesa contra Dinamarca e Hungria. Ele foi convocado pelo técnico Carlos Queiroz dias depois de obter a cidadania do país. O jogador do Sporting segue, assim, os passos de Deco e Pepe, outros jogadores nascidos no Brasil a representarem a equipe das Quinas.

Liedson, de 31 anos, defende os Leões desde 2003, após passagens por Coritiba, Flamengo e Corinthians. Sua convocação é uma esperança para solucionar a falta de centroavantes confiáveis na equipe: Portugal está em situação delicada no grupo 1 da zona europeia, ocupando a terceira posição com 9 pontos em seis jogos, ao lado da Suécia. A Dinamarca lidera com 16 pontos, seguida pela Hungria, com 13.

Paraguai: O técnico Gerardo Martino convocou nesta terça-feira a seleção paraguaia para os jogos contra Bolívia e Argentina, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. O atacante Roque Santa Cruz, do Manchester City, ainda se recupera de uma cirurgia no joelho e desfalca a Albirroja. A equipe de Martino receberá a Bolívia, dia 5 de setembro, e a Argentina, quatro dias depois.

O Paraguai atravessa seu momento mais delicado no classificatório sul-americano. Chegou a liderar, mas vem de duas derrotas e quatro rodadas consecutivas sem vencer. Com isso, caiu para a terceira posição, com 24 pontos, três atrás do Brasil e dois atrás do Chile. A Argentina vem a seguir, com 22.

Egito: Surpreendendo as expectativas, o técnico da seleção do Egito, Hassan Shehata, deixou de lado da convocação do time três atacantes importantes: Mohamed Zidan, Amr Zaki e Ahmed “Mido” Hossam. A seleção egípcia enfrenta Ruanda no dia 6, em Kigali. Atualmente o Egito está em segundo em seu grupo, três pontos atrás da líder Argélia.

O comandante do time nacional não deu justificativas para a ausência dos atacantes dentre os relacionados. Zaki, machucado, e Mido, por questões táticas, ficaram fora da seleção também na Copa das Confederações na África do Sul, em junho. Já Zidan irritou o treinador Shehata, deixando para que seu clube, o Borussia Dortmund, avisasse em cima da hora que estava lesionado, às vésperas de amistoso.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Convocações para as Eliminatórias

A dez dias da próxima rodada das Eliminatórias - e a mais importante do ano até aqui, com várias seleções devendo se classificar -, seguem alguns drops das convocações:

Arábia Saudita - O técnico José Peseiro chamou novamente a dupla Mohamad Noor e Hamad Al Montashari, do Al Itihhad, para os playoffs asiáticos contra o Bahrein. O atacante Yasser Al Qahtani e o goleiro Mabrouk Zayed, principais nomes, também estão confirmados no grupo de 26 atletas. Antes da primeira partida decisiva, os sauditas enfrentam a Malásia em um amistoso, dia 30.

Escócia - A grande surpresa da convocação do treinador George Burley foi o zagueiro David Weir, de 39 anos, que havia sido praticamente expulso da seleção após a goleada sofrida para a Noruega no início do mês. O atacante Kevin Kyle, de 28 anos, também está de volta, após cinco anos de ausência. Destaque do Kilmarnock em 2009, com 10 gols em 14 jogos, é a principal esperança de gols. Alguns nomes incertos por contusões, como o zagueiro Stephen McManus, do Celtic, e Steven Caldwell, capitão do surpreendente Burnley, estão confirmados. As partidas contra Macedônia e Holanda, ambas em casa, são decisivas.

Irlanda do Norte - Na busca por melhor poder ofensivo, o técnico Nigel Worthington chamou cinco atacantes para os jogos contra Polônia e Eslováquia. Jamie Ward, atacante do Sheffield United, junta-se a Kevin Healy, Kyle Lafferty, Martin Paterson e Andrew Little na tentativa de continuar sonhando, ao menos, com uma vaga na repescagem (os norte-irlandeses têm 13 pontos contra 15 dos eslovacos, mas com um jogo a mais)

Irlanda - Giovanni Trapattoni utilizou a boa teimosia italiana para justificar a convocação do mesmo grupo que perdeu em amistoso recente para a Austrália por 3 a 0. Com isto, nomes como Damien Duff, recém-contratado pelo Wigan, e Sean Ledger e Eddie Nolan, do Preston North End, continuam no time que recebe o Chipre e depois enfrenta a África do Sul em amistoso.

Nigéria - O técnico Shuaibu Amodu causou certa polêmica ao deixar de fora os atacantes Yakubu, do Everton, e Oba Oba Martins, do Wolfsburg, da lista para a partida decisiva diante da Tunísia, em Abuja. Segundo ele, os dois ainda precisam atingir uma melhor forma física. Por outro lado, Chinedu Obasi, do Hoffenheim, foi chamado novamente após contusão. A Tunísia lidera a chave com sete pontos, dois a mais que a Nigéria.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

História das Copas - México 1970 (parte II)

Quartas-de-final

O jogo contra o Peru, embora encarado com certa tranqüilidade por alguns jogadores devido à fragilidade do adversário, era considerado de vida ou morte por outros, pois o técnico peruano, Didi, havia tecido críticas ao estilo de jogo brasileiro.

Entretanto, a partida em si não foi nem um pouco tensa. Logo aos 15 minutos, Rivelino e Tostão já havia aberto 2 a 0 no placar. O Brasil passou então a administrar o resultado. Os peruanos diminuíram mas Tostão marcou de novo; Cubillas conseguiu fazer o seu, mas Jairzinho fechou a contagem em 4 a 2 e o Brasil passava às semifinais sem dificuldades.

Nos outros jogos, o México saiu na frente mas não agüentou a pressão italiana, cujo ataque finalmente desencantou e marcou quatro. Uruguai e União Soviética fizeram um jogo medíocre, com os uruguaios marcando o único gol da partida já no final da prorrogação. Totalmente diferente foi o confronto entre Inglaterra e Alemanha. Os alemães não haviam digerido ainda a derrota para os ingleses na final da Copa de 66 e foram atrás da vingança.

Sob um sol escaldante, a Inglaterra abriu 2 a 0 no início da segunda etapa com Mullery e Peters, reforçando o discurso que haviam apresentado até então de que estavam apenas esperando o adversário da final. Entretanto, os alemães não estavam entregues. Beckenbauer diminuiu e Uwe Seeler empatou a nove minutos do fim. Novamente, como há quatro anos, haveria prorrogação. E foi na prorrogação que a história mudou, com Müller fazendo o gol da vitória dos alemães. A ausência de Gordon Banks, que sofrera uma intoxicação alimentar na véspera da partida, foi muito sentida pelos ingleses. Pela primeira vez na história das Copas, as semifinais apresentavam apenas seleções que já haviam conquistado a taça.

Semifinais

O Brasil venceu o Uruguai por 3 a 1, mas o jogo foi muito mais apertado do que o placar. Cubilla abriu o placar aos 19 minutos do primeiro tempo, com a ajuda de Félix: o atacante chutou torto mas pegou o goleiro no contrapé e a bola entrou. Os uruguaios montaram então uma fortíssima retranca, a qual os brasileiros tinham dificuldade em furar. Clodoaldo empatou já no fim da primeira etapa, tranqüilizando os brasileiros.

No segundo tempo, o Brasil foi subindo de produção até que Jairzinho virou aos 31 e Rivelino deu números finais ao placar aos 44. Nesse jogo, uma cena histórica: Pelé é lançado e, com uma de corpo genial, passa pelo goleiro Mazurkiewicz por um lado enquanto a bola vai pelo outro. Pelé corre então atrás da bola, chuta e ela, caprichosamente, sai rente à trave, para alívio do zagueiro Ancheta, que correi desesperadamente para evitar o gol. Mas o Brasil já estava classificado para a terceira final em quatro Copas.

A semifinal entre Itália e Alemanha foi tão sensacional que é considerada por muitos (principalmente na Europa, nem tanto no Brasil) como a melhor partida da história das Copas, o duelo de campeões foi recheado de momentos de emoção. Enquanto que, na primeira fase, os alemães possuíam uma campanha exemplar, com vitórias incontestáveis, a Azzurra havia se arrastado para chegar às quartas. Aí os papéis se inverteram, com a Itália goleando o México e a Alemanha sofrendo para vencer a Inglaterra. Mas vamos ao jogo.

A Itália abriu o placar aos 7 minutos num chute de Bonisegna se trancou na defesa esperando a Alemanha que, por sua vez, temia o contra-ataque. Beckenbauer comandava todas as ações mas os alemães não conseguiam furar o bloqueio italiano. Foi só aos 44 minutos do segundo tempo que Schnellinger empatou, aproveitando um cruzamento da esquerda. Na prorrogação, um show de futebol.

Aos 4 minutos, Müller vira; aos 8, Burgnich empata; Riva dá novamente a liderança à Itália aos 13; Müller empata aos 4 do segundo tempo e, no minuto seguinte, Rivera recebe passe de Bonisegna, que fez grande jogada, e deu números finais ao placar: 4 a 3. Beckenbauer disputou metade do segundo tempo e a prorrogação inteira com o braço atado junto ao corpo, após uma queda. Toda a garra alemã não foi suficiente para vencer esta que foi uma das partidas mais memoráveis da história das Copas.

A final

"Noventa milhões em ação, pra frente Brasil do meu coração". Essa era a música que embalava a torcida brasileira durante a Copa do Mundo, e ela nunca esteve tão certa como naquele 21 de junho de 1970. O mundo parou para acompanhar a final de Copa do Mundo que daria ao vencedor o direito de posse definitiva da Taça Jules Rimet. Quem saísse tricampeão do Estádio Azteca ficaria para sempre com aquele troféu.

O Brasil, com Félix, Brito, Piazza, Everaldo e Carlos Alberto; Clodoaldo, Gerson, Rivelino e Pelé; Tostão e Jairzinho entrou em campo diante de 107 mil espectadores para enfrentar a Itália, que havia vencido a Alemanha em uma semnifinal espetacular. Ainda no primeiro tempo, Pelé abriu o placar de cabeça. Uma falha de Clodoaldo provocou uma sucessão de erros da defesa, deixando a bola livre nos pés do italiano Boninsegna que completou para o gol vazio.

A superioridade do Brasil era evidente e, no segundo tempo, os gols foram surgindo. Gerson fez dois a um aos 20 minutos num chute forte cruzado ameia altura, colocado no canto esquerdo do goleiro Albertosi. Aos 32, Gerson fez um lançamento preciso do meio de campo, colocando a bola na cabeça de Pelé, dentro da área. Pelé tocou para a finalização atabalhoada de Jairzinho. Jair passaria para a história das Copas por ter marcado em todos os jogos do Brasil no torneio. Para completar a festa brasileira, aos 42 minutos, o capitão Carlos Alberto completava para o fundo da rede italiana um passe de Pelé. Os italianos foram derrotados por um dos melhores times de todos os tempos, consagrado por imprensa e torcedores de todo o mundo.

Depois da final, o técnico da equipe da Tchecoeslováquia, que tinha sido muito criticado pela derrota para o Brasil na estréia disse: "Agora o mundo compreende a razão de termos perdido de quatro a um. Ninguém vence esse time do Brasil." Após a festa e a invasão do gramado pela torcida, o capitão Carlos Alberto levantou a taça Jules Rimet que seria levada em definitivo para o Brasil.

IX COPA DO MUNADO - 1970 - MÉXICO
Campeão: Brasil
Vice: Itália
Terceiro: Alemanha
Quarto: Uruguai

Período: de 31 de maio a 21 de junho de 1970
Total de jogos: 32
Gols marcados: 95
Média de gols: 2,97 por partida
Artilheiro: Müller (Alemanha Oc.) - 10 gols
Público total: 1.585.400 pagantes
Média de público: 49.543 pagantes

O Brasil: CAMPEÃO - 6 jogos (6V), 19GP/7GC

jogos: Primeira fase: Brasil 4x1 Tchecoslováquia (Rivelino, jairzinho(2) e Pelé; Petras)
Brasil 1x0 Inglaterra (Jairzinho)
Brasil 3x2 Romênia (Pelé (2) e Jairzinho; Dumitrache e Rembrovsky)

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Eliminatórias - agosto

Oito jogos aquecem as Eliminatórias nesta semana para a grande rodada de setembro, quando vários classificados serão conhecidos. Por enquanto, ficamos com o início do returno na Concacaf e jogos esporádicos na Europa. Confira:

Concacaf

Classificação


1. Costa Rica.........12
2. EUA................10
3. Honduras............7
4. México..............6
5. El Salvador.........5
6. Trinidad & Tobago...2

6ª rodada

12/08 - México x EUA / Honduras x Costa Rica / El Salvador x Trinidad & Tobago

Não houve descanso para as seleções da Concacaf desde a última rodada, em junho. Os Estados Unidos fizeram uma campanha surpreendente na Copa das Confederações e, em seguida, veio a disputa da Copa Ouro. Com os jogos deste mês envolvendo as quatro equipes que têm demonstrado real possibilidade de classificação, os jogos prometem muita emoção.

Apenas duas semanas depois, os yankees buscam a revanche diante dos mexicanos após a histórica goleada por 5 a 0 na decisão do torneio continental. Por mais que estivesse desfalcado, o time de Bob Bradley destruiu toda a boa imagem criada durante a Copa das Confederações, e deve novamente provar seu valor. Agora, com as principais estrelas, os EUA tentam um feito inédito: jamais venceram no estádio Azteca.

Em San Pedro Sula, mais do que três pontos, vale a rivalidade de dois vizinhos que historicamente brigam pela supremacia da região. Após classificar-se para as duas últimas Copas, Costa Rica ofuscou Honduras, mas com uma campanha surpreendente, os Catrachos estão no páreo. A dúvida que permanece é até que ponto os conflitos políticos no país afetarão a partida. Caso vençam, os hondurenhos ficarão muito próximos de, ao menos, garantir uma vaga na repescagem.

Finalmente, El Salvador recebe Trinidad & Tobago para continuar sonhando - o que não parece de todo impossível, afinal basta uma vitória sobre os lanternas e uma derrota hondurenha para Costa Rica, resultado normal, para assumirem o quarto posto. Uma derrota significa o adeus ao sonho da vaga, e um empate faria os dois times morrerem abraçados.

Europa

São cinco jogos, todos por grupos diferentes. Confira:

Grupo 3 - Eslovênia x San Marino

Um jogo que aparentemente vale pouco, afinal qualquer coisa que não seja uma vitória eslovena será muita surpresa. E como o time de Matjaz Kek tem remotas chances de ficar na primeira colocação, os três pontos a se conquistar podem não valer de nada, já que na definição dos melhores segundos colocados para a repescagem, os pontos dos jogos contra os lanternas são descartados. O destaque é o atacante Zlatko Dedic, que após uma temporada na Série B italiana acertou com o Bochum para a disputa da Bundesliga.

Grupo 4 - Azerbaijão x Alemanha

Pouca emoção deve despertar este grupo, ao menos até o duelo entre Rússia e Alemanha no dia 10 de outubro, valendo carimbo no passaporte. Miroslav Klose se recuperou de lesão e está confirmado para a partida, assim como o capitão Michael Ballack, que perdeu o vôo até Baku por ter chegado atrasado ao aeroporto. Provável vitória alemã, que tem o segundo melhor ataque do continente.

Grupo 6 - Belarus x Croácia

Em um grupo que possui a Inglaterra como virtual classificada, a briga é pelo segundo lugar. Croácia e Ucrânia duelam gol a gol pela vaga na repescagem, e um tropeço em Minsk pode significar uma ausência pela primeira vez desde a estreia em 1998 para os croatas. A grande atração é o retorno de Eduardo da Costa ao time quadriculado, após a lesão que o afastou por um ano dos gramados. Ele chegou a jogar contra Andorra, mas ficou de fora da partida diante da Ucrânia por causa de uma fisgada na coxa. Belarus ainda tem chances, já que se vencer iguala-se em número de jogos a croatas e ucranianos e fica com 12 pontos, um a mais que os adversários.

Grupo 7 - Ilhas Faroe x França

Um jogo com cara de goleada para reaproximar a seleção francesa de seus torcedores. A distância para a Sérvia é tão grande que, mesmo que somem três pontos e vençam o confronto direto com os líderes em setembro, os Bleus ainda ficarão a um ponto dos sérvios. Por isso, com a repescagem já parecendo realidade, a vitória é imperativa contra uma das seleções mais fracas do continente.

Grupo 9 - Noruega x Escócia

A partida que mais poderia ser uma batalha medieval entre vikings e escotos é a que tem mais valor nesta rodada, exatamente pelo fato de que a líder Holanda já está classificada e todos no grupo ainda têm chances de ficar com a segunda posição. Vale lembrar, entretanto, que por ser o único grupo com cinco times, a regra da pontuação contra o lanterna não se aplica - o que muitas vezes acaba sendo prejudicial para os sorteados na chave. Apesar do equilíbrio, a Escócia é quem tem a posição mais favorável, com sete pontos e jogos a menos que os outros concorrentes. Caso perca para a Noruega, ainda continuará em segundo, mas corre-se o risco de não avançar ninguém mais desta chave.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Ranking da Fifa - agosto

O mês foi de férias para quase todas as seleções. Quase porque a Concacaf movimentou a bola na América do Norte, Central e Caribe com mais uma edição da Copa Ouro. A goleada mexicana sobre os Estados Unidos chocou o mundo do futebol, especialmente após as exibições recentes das duas seleções, mas o torneio serviu também para promover as principais movimentações do ranking nesta última atualização.

O Canadá, que surpreendeu ao vencer seu grupo, caiu ainda nas quartas-de-final, mas foi quem mais subiu no período: 26 posições, chegando ao 66º lugar - mais até que o México, campeão, que subiu apenas três. Os Canucks, entretanto, já estão fora da briga por uma vaga na Copa e dificilmente superarão em breve a melhor posição da história - o 40º posto em dezembro de 1996.

Também foi no continente que as maiores quedas foram registradas. Granada e Antilhas Holandesas caíram 25 lugares cada, indo respectivamente à 113ª e 165ª colocações. Os granadinos até forma longe, chegando à fase final da Copa Ouro, mas a desvalorização de pontos anteriores pesou mais - além do fato de terem perdido os três jogos sem marcar um gol sequer.

Nas primeiras posições, Brasil, Espanha e Holanda se mantêm no Top 3, mas a Alemanha ultrapassou a Itália e aparece no quarto lugar. Até o 19º lugar, nenhuma mudança. O Paraguai voltou ao Top 20, ultrapassando Uruguai e República Tcheca.

A próxima edição do Ranking - que servirá para definir os cabeças-de-chave da Copa do Mundo, em dezembro - será divulgada em 02 de setembro.

Confira as primeiras posições:

terça-feira, 4 de agosto de 2009

História das Copas - México 1970 (parte I)

O Brasil não encontrou dificuldades em sua preparação para a Copa, derrotando seus adversários nas eliminatórias por placares mais que convincentes, uma vez que o futebol apresentado também era de grande qualidade. No comando da seleção estava João Saldanha, cronista esportivo convidado a dirigir o time por João Havelange, presidente da CBD.

Entretanto, apesar dos bons resultados, Saldanha brigou com os dirigentes e não convocou o atacante Dario, do Atlético-MG, time do General Médici, causando descontentamento e, após um empate com o Bangu em um jogo-treino, sua demissão foi anunciada. Zagallo assumiu o comando da equipe, mas o futebol que se via não era o mesmo. A seleção chegava, assim, um tanto quanto desacreditada ao Mundial.

Na estréia, contra a Tchecoslováquia, uma virada para impôr respeito: Petras abriu o placar logo aos 11 minutos, resultado da pressão tcheca, mas Rivelino empatou 13 minutos depois. O Brasil administrou o jogo e Pelé ampliou aos 14 do segundo tempo. Os tchecos se perderam em campo e Jairzinho fez mais dois, para completar a fatura.

Tostão foi escalado apesar das críticas que diziam que, após o desvio de retina que ele sofrera numa partida do campeonato brasileiro, ele estaria acabado para o futebol. Entretanto, o cruzeirense jogou bem e não saiu mais do time. Nessa partida, um lance antológico: Pelé, ao ver o goleiro Viktor adiantado, chutou do meio do campo. O guarda-metas correu de volta para o gol, mas a bola passou rente à trave. Foi o quase-gol mais bonito da história das Copas.

No jogo seguinte, o Brasil enfrentou a Inglaterra, adversário feroz que tornou o jogo muito difícil. Gérson não jogou por problemas musculares e, quando o placar ainda estava no zero, o goleiro inflês Gordon Banks proagonizou a defesa mais conhecida da história do futebol, ao espalmar uma cabeçada `indefensável` de Pelé. O gol só saiu no segundo tempo, após grande jogada de Tostão, que tocou para Pelé servir Jairzinho.

Já classificado, o Brasil jogou contra a Romênia buscando a vitória para permanecer na cidade de Guadalajara até a final. E foi uma luta para conseguir a vitória, pois os romenos montaram uma forte retranca. Rivellino estava fora dessa vez, mas Pelé acabou com o nervosismo ao marcar de falta aos 20 minutos do primeiro tempo. Jairiznho ampliou ainda antes do intervalo, dando mais tranqüilidade ao escrete canarinho. Na segunda metade, Dumitrache diminuiu em falha da zaga, mas antes que os romenos pudessem esboçar uma reação, Pelé marcou novamente. Dembrovski ainda descontou, mas a vitória já era brasileira.

A comoção do povo mexicano para organizar as Olimpíadas de 68 e a Copa de 70 foi tão grande que, impulsionado pela sua torcida, o time mexicano passou pela primeira vez à segunda fase da Copa, deixando de lado o estigma de saco de pancadas da Copa. Os `ticos`, como eram chamados, pegaram um grupo mediano, empatando sem gols contra a União Soviética, goleando os fracos El Salvadorenhos e conquistando a classificação numa suada vitória de 1 a 0 sobre a Bélgica, com gol de pênalti. Esta foi a primeira Copa dos mexicanos sem o goleiro Carbajal, que em 66 estabelecera um recorde ainda inalcançado: foi o jogador que atuou em mais Copas do Mundo: 5, de 1950 a 1966. Na Copa de 70, Carbajal foi convocado para a reserva como homenagem.

No Grupo 2, a Itália classificou-se sem muito alarde, vencendo a Suécia pela contagem mínima e empatando sem gols contra Uruguai e Israel. O Uruguai, que perdeu para a Suécia, classificou-se nos critérios de desempate, mandando os suecos de volta para casa.

No grupo 4, a Alemanha venceu os 3 jogos e despachou logo seus adversários. A briga pela segunda vaga ficou entre peruanos, búlgaros e marroquinos, mas o time comandado pelo brasileiro Didi, bicampeão em 58 e 62, cujo astro maior era o atacante Cubillas, não deu chances e venceu a Bulgária por 3 a 2 e o Marrocos por 3 a 0, garantindo a vaga nas quartas-de-final para enfrentar o Brasil. Os outros jogos das quartas-de-final seriam Uruguai x União Soviética, Itália x México e Alemanha x Inglaterra.