segunda-feira, 30 de junho de 2008

Plano B


Não repercutiu como se poderia imaginar a declaração do presidente da Fifa, Joseph Blatter, sobre um possível "plano B" para o caso da África do Sul não oferecer as garantias de que pode sediar a Copa de 2010. A dois anos do início da competição, apenas o estádio de Port Elizabeth está pronto. Os atrasos nas obras são apenas um dos problemas: a violência tem assustado os inspetores da entidade e o plano nacional de segurança do governo não parece dar resultados.

"Eu seria negligente como presidente se não tivesse um plano B na gaveta. Porém, apenas uma catástrofe natural mudaria as coisas. Se tivermos de ativar o plano B, tomaremos a decisão após a Copa das Confederações", disse o suíço. Entretanto, como sabemos, se Blatter falou, é porque muito já se discutiu sobre isso nos corredores da FIFA.

Sua atitude foi esperta: aproveitou a final da EURO, quando poucos holofotes se voltariam para qualquer notícia desagradável, para admitir que a Copa da África está por um fio. Ficou nas entrelinhas, mas é fato que o plano B está mais do que engatilhado: mais observações negativas nas próximas inspeções e uma nova sede seria anunciada em instantes.

Aconteceu em 1986, com a Colômbia. Em 2003, com a Copa feminina, que saiu da China e foi para os EUA. Quase aconteceu em 1962 e 1970. Ingleses, estadunidenses e australianos estão ávidos e preparados para o que possa acontecer. E a esta altura, nem parece tão difícil assim.

2 comentários:

Gerson Sicca disse...

Maurício, acho que a declaração do Blatter, nesse momento, é mais para dar um susto, assim como fizeram com o México. Por outro lado, tb deve ter uma pontinha para o Brasil, para que fiquemos ligados que a FIFA não está brincando.
é muito difícil a FIFA mudar a sede, mas muito difícil mesmo. Por isso ela deve tolerar algum grau de descumprimento do projeto pela África do Sul. Mas resta saber até que ponto a FIFA será tolerante. Não podemos esquecer que tivemos uma seqüência de Copas realizadas em países economicamente fortes, o q está ocorrendo desde 90. Isso pode ter peso em uma decisão contra a África. Por outro lado, tb não podemos esquecer que os EUA tb tiveram problema na organização e mesmo assim a competição foi mantida. Apesar que naquela época não havia o "padrão Alemanha", mostrado em 2006.
Por enquanto, acho que o plano B é hipótese remota

Anônimo disse...

Não sei porque, cara, mas tem algo, lá no fundo, me dizendo que essa Copa pode acabar sendo disputada na Inglaterra.

E repito aqui a pergunta que te formulei no Orkut:

Suponhamos que a FIFA cancele a Copa na África do Sul e a marque para um outro lugar. Como que ficam os sul-africanos, que não disputaram as eliminatórias? Automaticamente sem chance de ir à Copa?

A vaga automática, que é dos sul-africanos e passaria para a nova sede, poderia abrir uma vaga no continente desse novo país-sede, caso ele tivesse conseguido uma vaga normal por meio das eliminatórias.

Caso isso aconteça, como que ela vai ser definida? Será dada ao país subseqüente na classificação do grupo do país-sede, numa nova repescagem, ou como?

Abraços!