segunda-feira, 31 de março de 2008

Definidos confrontos da segunda fase da Concacaf

Duas partidas neste domingo completaram a primeira fase das eliminatórias da Concacaf para a Copa de 2010. Bahamas e Bermuda desclassificaram, respectivamente, Ilhas Virgens Britânicas e Ilhas Cayman.

Mesmo jogando em casa, Bahamas atuou diante das Ilhas Virgens como visitante - o estádio do adversário não atendia às exigências da Fifa e os países concordaram em disputar as duas partidas em Nassau. Um novo empate por 2 a 2 foi suficiente para os Baha Boyz graças à regra do gol fora de casa (mesmo jogando em casa!), já que no primeiro jogo também houve empate, mas por 1 a 1. (mais sobre as Ilhas Virgens Britânicas você confere no texto que vai ao ar na próxima sexta na Trivela).

Bermuda e Ilhas Cayman também empataram em 1 a 1 na ida, mas os donos da casa conseguiram a vitória por 3 a 1 e avançam. Agora, doze confrontos de ida e volta definem os classificados para a terceira fase. Os vencedores das partidas que acontecem em junho formam automaticamente os grupos, como você vê a seguir:

Grupo A

Estados Unidos x Barbados
Guatemala x Santa Lúcia
Trinidad & Tobago x Bermuda
Cuba x Antígua & Barbuda

Grupo B

México x Belize
Jamaica x Bahamas
Honduras x Porto Rico
Canadá x S. Vicente & Grenadinas

Grupo C

Costa Rica x Granada
Guiana x Suriname
Panamá x El Salvador
Haiti x Antilhas Holandesas

As equipes enfrentam-se dentro dos grupos em turno e returno. Os dois melhores de cada grupo avançam ao hexagonal final. Os três primeiros carimbam passaporte para a Copa do Mundo e o quarto colocado disputa repescagem contra o quinto da Conmebol.

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quinta-feira, 27 de março de 2008

Concacaf: Nove países avançam à próxima fase

A quarta-feira nas eliminatórias da Concacaf para a Copa de 2010 teve dez jogos e nove países classificados à próxima fase. Como o qualificatório ainda está num estágio muito preliminar, é difícil dizer que houve surpresas. Os confrontos servem para definir os integrantes dos grupos da segunda fase, então aparecem divididos por chaves para melhor entendimento.

Grupo A

Barbados 1x0 Dominica (primeiro jogo 1x1, enfrenta os Estados Unidos)
Santa Lúcia 2x0 Ilhas Turks & Caicos (1x2, Guatemala)
Bermuda 1x1 Ilhas Cayman (jogo de volta em 30/03, Trinidad & Tobago)
Antígua & Barbuda 1x0 Aruba (3x0, Cuba)

Grupo B

Belize 1x1 St. Kittis & Nevis (3x1, México)
Bahamas 1x1 Ilhas Virgens Britânicas (30/03, Jamaica)
Porto Rico 1x0 República Dominicana (jogo único, Honduras)
*Canadá e São Vicente & Grenadinas entram automaticamente na próxima fase brigando por uma vaga no grupo

Grupo C

Granada 10x0 Ilhas Virgens Americanas (jogo único, Costa Rica)
Suriname 7x1 Montserrat (idem, Guiana)
El Salvador 4x0 Anguilla (12x0, Panamá)
Antilhas Holandesas 2x0 Nicarágua (1x0, Haiti)

quarta-feira, 26 de março de 2008

Surpresas no Oriente

A segunda rodada da segunda fase das eliminatórias asiáticas para a Copa de 2010 reservaram algumas surpresas para os torcedores do Oriente. Dos cinco representantes do continente na última Copa do Mundo, nenhum venceu.

Grupo 1

China 0x0 Austrália
Catar 2x0 Iraque


Muito esperada, a primeira partida do dia frustrou os torcedores pela falta de gols. O principal culpado foi o goleiro Schwarzer, que defendeu pênalti cobrado por Shao Jiayi aos 42 minutos do segundo tempo. O empate teve sabor de vitória para a Austrália, já que a China pressionou durante toda a etapa final. No outro jogo da chave, o Iraque decepcionou novamente e perdeu para o Catar por 2 a 0. Curiosamente, os dois gols da equipe da casa foram marcados por jogadores naturalizados: o uruguaio Andrés Quintana e o brasileiro Fábio Montesin.

Classificação

1) Austrália...4
2) Catar.......3
3) China.......2
4) Iraque......1

Próximos jogos

01/06 - Austrália x Iraque
02/06 - Catar x China

Grupo 2

Bahrein 1x0 Japão
Tailândia 0x1 Omã


Após uma vitória por 1 a 0 sobre o Irã em amistoso no final de semana, o Bahrein mostrou que briga duro por uma vaga na África do Sul. No duelo de líderes em Manama, o Japão perdeu por 1 a 0, com gol de cabeça de Alaa Hubail aos 32 minutos do segundo tempo em uma saída ridícula de Kawaguchi. O meia já havia marcado o gol solitário da vitória sobre Omã na estréia. Omã que, mesmo jogando fora de casa, venceu a Tailândia também por 1 a 0 e manteve vivas as pequenas esperanças de avançar à próxima fase, já que, pelo desempenho das equipes, Bahrein e Japão ficarão com as duas vagas.

Classificação

1) Bahrein....6
2) Japão......3
3) Omã........3
4) Tailândia..0

Próximos jogos

02/06 - Japão x Omã / Tailândia x Bahrein

Grupo 3

Coréia do Norte 0x0 Coréia do Sul
Turcomenistão 0x2 Jordânia


Os gramados chineses não queriam gols nesta quarta. A partida disputada em Xangai pelas duas Coréias não saiu do zero, assim como o duelo válido pelo grupo 1. Mesmo contando com jogadores internacionais como Park Ji Sung, do Manchester United, a Coréia do Sul não conseguiu furar a retranca dos vizinhos do norte e sua seleção baseada no futebol local. A Jordânia conseguiu uma importante vitória fora de casa sobre o Turcomenistão, por 2 a 0, na briga pelo terceiro lugar. Caso a Coréia do Norte, teoricamente segunda força do grupo, tropece, jordanianos estarão de olhos abertos.

Classificação

1) Coréia do Sul....4
2) Coréia do Norte..4
3) Jordânia.........3
4) Turcomenistão....0

Próximos jogos

31/05 - Coréia do Sul x Jordânia
02/06 - Turcomenistão x Coréia do Norte

Grupo 4

Uzbequistão 3x0 Arábia Saudita
Cingapura 2x0 Líbano


A maior surpresa da rodada aconteceu em Tashkent, onde uma atuação convincente do Uzbequistão rendeu à Arábia Saudita, treinada por Hélio dos Anjos, uma derrota acachapante. Kapadze, de cabeça, o veterano capitão Maksim Shatskikh, tocando na saída do goleiro, e Djeparov de pênalti marcaram os gols dos uzbeques, que lideram. Embalada pelos resultados recentes, a seleção de Cingapura venceu sem dificuldades o Líbano por 2 a 0 e, hoje, deixaria a Arábia fora da próxima fase.

Classificação

1) Uzbequistão.....6
2) Cingapura.......3
3) Arábia Saudita..3
4) Líbano..........0

Próximos jogos

02/06 - Cingapura x Uzbequistão / Líbano x Arábia Saudita

Grupo 5

Síria 1x1 Emirados Árabes Unidos
Kuwait 2x2 Irã


O Irã perdeu uma grande chance de se recuperar da estréia ruim nas eliminatórias, na partida que marcou a estréia do legendário Ali Daei como técnico da equipe. Após um início arrasador, com dois gols em quatro minutos, os iranianos cederam o empate ao Kuwait, que marcou um gol a cada tempo. Menos mal que Síria e Emirados Árabes também empataram, assim o grupo permanece embolado.

Classificação

1) Emirados Árabes Unidos..4
2) Irã.....................2
3) Síria...................2
4) Kuwait..................1

Próximos jogos

02/06 - Irã x EAU / Síria x Kuwait

Eliminatórias da CONCACAF - jogos da rodada

Acontecem também nesta quarta dez jogos válidos pela primeira fase das eliminatórias da CONCACAF (Confederação das Américas do Norte, Central e Caribe). Nesta fase, ainda bastante preliminar, as 20 equipes mais fracas foram divididas em pares e jogam em ida e volta. Os vencedores dos confrontos avançam para enfrentar equipes mais bem ranqueadas, novamente em pares - só na segunda fase entram Estados Unidos, México e outros.

Serão seis jogos de volta, um que abre o confronto e três partidas únicas. Confira (Em parêntesis, placares dos jogos de ida e adversário do vencedor na segunda fase):

Barbados x Dominica (1x1 - Estados Unidos)
Santa Lúcia x Ilhas Turks & Caicos (1x2 - Guatemala)
Antígua & Barbuda x Aruba (3x0 - Cuba)
S. Kitts & Nevis x Belize (1x3 - México)
Bahamas x Ilhas Virgens Britânicas (primeiro jogo - Jamaica)
Porto Rico x República Dominicana (jogo único - Honduras)
Granada x Ilhas Virgens Americanas (jogo único jogo - Costa Rica)
Montserrat x Suriname (jogo único - Guiana)
Anguilla x El Salvador (0x12 - Panamá)
Antilhas Holandesas x Nicarágua (1x0 - Haiti)

No domingo, as partidas de volta entre Bahamas e Ilhas Virgens Britânicas e Bermuda e Ilhas Cayman, que empatara a primeira em 1 a 1 (o vencedor pega Trinidad & Tobago).

segunda-feira, 24 de março de 2008

Eliminatórias asiáticas - jogos da rodada

A quarta-feira tem rodada completa das eliminatórias asiáticas para a Copa de 2010. É a segunda rodada da terceira fase, que tem cinco grupos de quatro times jogando entre si, em turno e returno, dentro das chaves. Os dois primeiros de cada grupo avançam à fase seguinte. Confira os jogos:

Grupo 1

China x Austrália
Catar x Iraque


Tido como o mais equilibrado, o grupo 1 tem jogos decisivos já na segunda rodada: a Austrália, que na estréia venceu bem o Catar por 3 a 0, pega a China, que empatou com o Iraque em um gol. O local do jogo rendeu reclamações do técnico dos Socceroos, o holandês Pim Verbeek: a remota cidade de Kunmig, próxima ao Tibete, e situada 1900 metros acima do nível do mar. “De propósito, eles exigem que viajemos para mais longe e joguemos a 1900 metros”, esbravejou. A seleção chinesa treina no local desde o começo do mês.

Na outra partida, o campeão continental Iraque visita o Catar de técnico novo: Adnan Ahmad substitui Egil Olsen após o empate em casa na primeira rodada.


Grupo 2

Bahrein x Japão
Tailândia x Omã


Duelo de líderes no Grupo 2. O Japão terá as voltas de Junichi Inamoto e Naohiro Takahara para o compromisso diante do Bahrein, fora de casa. O time do Oriente Médio, que em 2005 quase se classificou para a Copa da Alemanha mas perdeu a repescagem para Trinidad & Tobago, venceu Omã na estréia por 1 a 0 e conseguiu um importante resultado ao derrotar o Irã em amistoso no final de semana, com gol de Andranik Teimourian. Já os nipônicos golearam a Tailândia por 4 a 1, em Saitama. Na outra partida, os lanternas se enfrentam em Bangkok.

Grupo 3

Coréia do Norte x Coréia do Sul
Turcomenistão x Jordânia


O jogo mais tenso da rodada acontece em Xangai. Inimigas declaradas, as Coréias se enfrentam na China após a mandante Coréia do Norte ter avisado que não hastearia a bandeira nem tocaria o hino nacional sul-coreano. Para cumprir o regulamento, a Fifa então mudou a sede para um país neutro. Os norte-coreanos têm conseguido bons resultados recentemente e venceram na estréia, assim como seus vizinhos. Já em Asgabat, o Turcomenistão quer se recuperar da goleada de 4 a 0 vencendo a Jordânia. Quem perder dificilmente mantém chances de classificação.

Grupo 4

Uzbequistão x Arábia Saudita
Cingapura x Líbano


Duelo de líderes e favoritos também no Grupo 4. Eternos fregueses, os uzbeques jogam em casa diante dos sauditas para manter o status de segunda força da chave. Já Cingapura quer aproveitar o bom momento de seus clubes na AFC Cup para vencer o Líbano em casa e continuar sonhando com uma vaga.

Grupo 5

Síria x Emirados Árabes Unidos
Kuwait x Irã


Por fim, no grupo 5 tem favorito já correndo perigo. O Irã foi o único dos grandes que não venceu na estréia. O empate em casa diante da Síria não estava nos planos, e Javier Clemente foi contratado para levar a equipe à sua quarta Copa. Entretanto, a negociação furou e Clemente seequer estreou. O ex-astro Ali Daei assumiu às pressas a equipe e estreou na derrota para o Bahrein em amistoso no final de semana, mostrando que não terá vida fácil. Uma derrota para o Kuwait deixaria a equipe na última colocação da chave, independente do resultado de Síria e Emirados Árabes, que querem aproveitar o mau início dos favoritos para vencer a chave e, teoricamente, garantir adversários menos complicados na próxima fase.

sábado, 22 de março de 2008

História das Copas - Itália 1934 (parte II)

Não foi surpresa o fato de que só seleções européias se classificaram para as quartas de final. A longa viagem através do Atlântico pesou para os times das Américas, enquanto o Egito possuía um time todo amador.

Para a Itália, era vencer ou vencer. O ditador fascista Benito Mussolini mandou garimpar craques que pudessem ser naturalizados para reforçar a Azzurra. Azul era a cor oficial do fascismo, que Mussolini instituiu na seleção de futebol e permanece até hoje. Antes disso, o uniforme italiano era nas cores da bandeira do país. Quatro argentinos e um brasileiro foram introduzidos no time.

Mas a vida da Itália não foi tão fácil nas quartas-de-final como havia sido na fase anterior. Um suado empate contra a Espanha em 1 a 1 forçou a realização de um jogo extra no dia seguinte. Cansados após a batalha, os atletas pouco apresentaram e a Itália venceu por um magro placar de 1 a 0. Na semifinal, enfrentaria a Áustria, que batera a Hungria por 2 a 1. Tchecoslováquia (que vencera a Suíça por 3 a 2) e Alemanha (classificando-se com 2 a 1 sobre a Suécia) fariam a outra semifinal.

Jogando pela terceira vez em um intervalo de quatro dias, a Itália venceu novamente com dificuldades e pelo placar mínimo. Já a Tchecoslováquia passeou em campo e venceu a Alemanha por 3 a 1, tornando-se favorita para a final. Seria uma batalha entre o melhor time da Copa contra o time que DEVIA ganhar a Copa.

E que batalha! Naquele domingo, 10 de junho, toda a Itália esperava ansiosa. Mussolini tinha a chance de consolidar seu regime fascista com uma vitória naquela tarde. Mas os tchecos não estavam dispostos a cooperar.

O jogo foi duro, brigado, e faltando vinte minutos para o final do segundo tempo, o ponta-esquerda tcheco Puc abriu o placar, deixando o estádio em silêncio. Quando a partida já parecia decidida, o argentino naturalizado Orsi empatou, injetando novo ânimo na já desiludida torcida. O jogo foi para a prorrogação, um sofrimento interminável. O zagueiro Meazza sofreu uma contusão em um lance mais ríspido, mas mesmo assim continuou em campo e deu o passe para Schiavio marcar o gol do título. Naquela época, não havia substituições. A torcida foi à loucura, vibrando e gritando. A Itália havia ganhado a Copa. E Mussolini havia alcançado seu objetivo.

II Copa do Mundo - 1934 - Itália

Campeão: Itália
Vice: Tchecoslováquia
3º lugar: Alemanha
4º lugar: Áustria

Período: de 27 de maio a 10 de junho de 19340
Total de jogos: 17
Gols marcados: 70
Média de gols: 4,11 por partida
Artilheiro: Nejedly (Checoslováquia) - 5 gols
Público total: 395.000 pagantes
Média de público: 23.235 pagantes

O Brasil: 14º lugar - 1 jogo (1D), 1GP/3GC
Jogo: Espanha 3x1 Brasil (Langara (2) e Iraragorri (E) / Leônidas (B))

quarta-feira, 19 de março de 2008

Governo sul-africano irá gastar R$6 milhões com infra-estrutura da Copa

O governo da África do Sul anunciou que deve gastar 30 milhões de rands (cerca de R$ 6,3 milhões) em infra-estrutura para organizar a Copa do Mundo de 2010. A previsão é que dois terços deste valor sejam investidos nas nove cidades sede em setores como transporte, saneamento e segurança.

O valor é quinze vezes maior que o estimado inicialmente. O país iria gastar apenas 2 milhões de rands nos dez estádios que vão receber jogos dos torneios, mas os números foram revistos.

Não faltaram críticas pela alta quantia de dinheiro gasto com o evento. A imprensa local e políticos de oposição, contrários, à realização da Copa, reclamam que este dinheiro poderia ser investido em programas sociais. Aproximadamente 43% dos habitantes do país vive abaixo da linha de pobreza.

A Fifa já anunciou que deve gastar R$ 3 milhões com a organização do Mundial na África do Sul. O investimento total do país com a Copa deve girar em torno de U$2 bilhões, contra US$9 bi gastos pela Alemanha para a Copa de 2006.

segunda-feira, 17 de março de 2008

História das Copas - Itália 1934 (parte I)

A Itália foi escolhida como sede da segunda Copa do Mundo após ter perdido para o Uruguai o direito de sediar a primeira edição. Brasil e Argentina sofreram muito, tendo que viajar 13 mil quilômetros para jogar apenas uma partida - os dois foram eliminados na primeira fase. A longa distância fez o Uruguai nem se inscrever para a competição, sendo o único campeão que não disputou a edição seguinte para defender seu título. Da mesma forma aconteceu com os outros países sulamericanos.

Pela primeira vez, foi necessária a disputa de uma fase eliminatória, pois 32 times demonstraram interesse em preencher uma das 16 vagas do torneio. Até a Itália, sede do Mundial, teve que disputar as eliminatórias, um caso único em toda a história das Copas.

Aquela Copa teve um sistema de disputa singular: os 16 times teriam que disputar jogos eliminatórios logo na primeira fase. Falando nos termos de hoje, a Copa começava nas oitavas-de-final: quem perdesse, estava fora.

E foi o que aconteceu com o Brasil, que na partida de abertura perdeu de 3 a 1 para a Espanha, em Gênova. Iraragorri (de pênalti) e Langara (duas vezes) marcaram os gols espanhóis, com Leônidas descontando e marcando o único gol brasileiro na Copa. (na foto, lance da partida)

O problema da seleção brasileira foi semelhante ao da Copa de 30: divisão de jogadores, dessa vez entre a CBD, amadora, e a FBF, que comandava o futebol profissional. A CBD era quem levaria a delegação brasileira para a Copa, mas insistia em levar apenas jogadores amadores, ao passo que a maioria dos craques haviam se convertido ao profissionalismo. A CBD, então, ofereceu dinheiro a esses jogadores para que se tornassem amadores novamente. Nem todos aceitaram, mas Leônidas da Silva, por exemplo, decidiu embarcar.

A Itália destruiu os Estados Unidos com uma acachapante vitória por 7 a 1. A Tchecoslováquia bateu a Romênia por 2 a 1, a Suíça venceu a Holanda por 3 a 2, mesmo placar da eliminação argentina perante a Suécia. A Alemanha goleou a Bélgica por 5 a 2, a Áustria venceu a França por 3 a 2 e a Hungria eliminou o Egito, primeiro país africano a participar de uma Copa, com uma vitória de 4 a 2. Esses oito times classificaram-se para as quartas-de-final. (continua)

sexta-feira, 14 de março de 2008

África do Sul vence Zimbábue em amistoso


A seleção da África do Sul venceu o Zimbábue por 2 a 1 em amistoso realizado na terça-feira (21) em Germinston. Foi o primeiro jogo dos Bafana Bafana após a eliminação ainda na primeira fase da Copa Africana de Nações, disputada em Gana, em janeiro.

O técnico Carlos Alberto Parreira convocou uma equipe composta apenas por jogadores que atuam no futebol local. Gilbert Mushangazhike, que joga na África do Sul, abriu o placar para o Zimbábue aos 12 minutos do primeiro tempo. Sthembiso Ngcobo, convocado pela pimeira vez, empatou apenas aos 38 da etapa final. A vitória veio aos três minutos da prorrogação, com gol de James Matola.

O próximo amistoso dos sul-africanos será no próximo dia 26, data Fifa, contra o Paraguai, em Joanesburgo.

terça-feira, 11 de março de 2008

Craques da Copa - Ferenc Puskas


Considerado o melhor jogador húngaro da história e um dos melhores jogadores a disputar a Copa do Mundo, Ferenc Puskas foi a peça principal do grande time da Hungria que dominou o futebol internacional na década de 50. Nascido em Budapeste em 1927, começou a jogar bola no time de seu pai, o Kispest Budapeste. Aos 16 anos, já era titular e, aos 18, estreou na seleção nacional contra a Áustria.

De baixa estatura e forte, Puskas não tinha no jogo aéreo sua especialidade. Canhoto, possuía uma habilidade extremamente apurada e detém um recorde até hoje: em 84 jogos pela seleção, marcou 83 gols, a melhor média do mundo. Em 1952, o atacante então apelidado de "Major Galopante" liderou sua seleção à conquista da medalha de ouro nos jogos olímpicos de Helsinque, chegando à Copa de 54 na Suíça mantendo uma invencibilidade de quatro anos e candidatíssima ao título. Durante as eliminatórias, um jogo que entrou para a história: vitória dos húngaros por 6 a 3 sobre a Inglaterra em pleno estádio de Wembley.

Na Copa, a Hungria parecia confirmar seu favoritismo ao humilhar a Alemanha Ocidental por 8 a 3 na primeira fase e ao eliminar o Brasil num jogo duríssimo que ficou conhecido como "A batalha de Berna". Entretanto, na final, os húngaros perderam a revanche para os alemães e Puskas chorou sua mais amarga derrota. Puskas marcou quatro gols naquele mundial e viu seu companheiro de equipe, Kocsis, ser o artilheiro com 11, embora tenha sido ele o capitão e mentor do time vice-campeão.

Após a Copa, ele continuou jogando na mesma equipe - que agora tinha mudado de nome e se tornado o Honved, um time militar. A crise política na Hungria aumentava e Puskas, assim como muitos de seus colegas de time, se refugiaram na Espanha, sede do Campeonato Europeu de Seleções de 56. Lá Puskas ficou por um ano e meio sem voltar ao país natal, tendo sido então comprado pelo Real Madrid. Juntamente com Di Stefano, ele levou o time merengue a conquistar a Europa por 2 vezes em três anos, feito jamais repetido até hoje.

Puskas ficou de fora da Copa de 58 por ter fugido da Hungria, mas foi convidado a disputar o Mundial de 62, no Chile, pela seleção espanhola. Naquela época, os jogadores ainda podiam se naturalizar e jogar por uma seleção nacional mesmo após terem defendido outras cores, algo que não mais é permitido atualmente. Contudo, no alto de seus 35 anos, o atacante já não estava no melhor de sua forma e não conseguiu levar a seleção espanhola sequer às quartas-de-final do torneio. Jogou no Real Madrid até 1966, transferindo-se então para o Panathinaikos da Grécia, onde ainda chegou à final da Copa Européia. Virou técnico, mas parou logo. Voltou à Hungria apenas em 1993, com 66 anos de idade.

Nome : Ferenc Puskas
Data de nascimento: 02/041927
Local de nascimento: Budapeste, Hungria

Carreira:

Em clubes:
1943 a 1956: Kispest Budapest (depois Honved)
1958 a 1966: Real Madrid (324 gols em 372 partidas)
1966: Panathinaikos

Na seleção:
83 gols em 84 jogos (4 gols na Copa de 54)

Como técnico:
1970 a 1971: Panathinaikos
1975 a 1976: AEK Atenas
1976 a 1978: Colo Colo (Chile)

Títulos:
Campeão olímpico: 1952
Campeão húngaro: 1950, 1952, 1954 e 1955
Campeão espanhol: 1961, 1962, 1963, 1964 e 1965
Campeão da Copa da Espanha: 1962
Campeão da Copa Européia (atual Liga dos Campeões): 1959, 1960 e 1966
Artilheiro por 4 vezes do Campeonato Espanhol

segunda-feira, 10 de março de 2008

Jogo entre Coréias será na China


A FIFA anunciou na quinta-feira que a partida entre Coréia do Norte e Coréia do Sul, válida pela segunda rodada do Grupo 3 das eliminatórias asiáticas para a Copa de 2010, acontecerá em Xangai, na China, no dia 26. O confronto, inicialmente marcado para Pyongyang, capital norte-coreana, teve sua sede alterada após o anúncio de autoridades do país de que não hasteariam a bandeira da Coréia do Sul, nem tocariam o hino do vizinho. Os dois países são inimigos declarados.

Irritados com a atitude, os sul-coreanos recorreram à Fifa, que decidiu por um jogo em campo neutro por questões de segurança e também para atender ao que rege seu estatuto. “O Regulamento da Copa do Mundo de 2010, em especial seu artigo 22, estipula que as bandeiras da Fifa, da Fifa Fair-Play, da confederação e dos dois países envolvidos sejam hasteadas no estádio em cada jogo das Eliminatórias. Além disso, o hino da Fifa deve ser tocado enquanto as duas equipes entram no gramado. Uma vez na qual as equipes estejam alinhadas, deve-se executar os hinos nacionais das duas nações”, anunciou a entidade.

A Coréia do Norte já avisou que irá solicitar que a partida do segundo turno, a ser realizada na Coréia do Sul, também aconteça em território neutro. Em fevereiro, as duas seleções se enfrentaram em um amistoso realizado na Coréia do Norte e empataram em 1 a 1.

sábado, 8 de março de 2008

História das Copas - Uruguai 1930 (parte II)

Nas semifinais, o Uruguai não teve dificuldades em vencer a Iugoslávia por 6 a 1, mesmo placar da outra semifinal, com a Argentina goleando os norte americanos. O interessante é que não houve disputa do 3º e 4º lugares, portanto Iugoslávia e Estados Unidos foram declarados terceiros lugares, embora as campanhas das duas seleções na primeira fase sejam levadas em conta, às vezes, para a elaboração do ranking.

O cenário de festa estava pronto e a primeira final de Copa do Mundo gerou muita expectativa do público local, afinal o time da casa certamente seria saudado por 80 mil empolgados espectadores, esperando ansiosamente por uma vitória e pelo título em casa.

Entretanto, as coisas não foram tão fáceis assim. Ao final do primeiro tempo, a Argentina liderava com 2 a 1 no placar, tendo virado o jogo com Peucelle e Stábile, após o gol inicial de Dorado. Não se sabe ao certo o que os uruguaios ouviram no vestiário naquele intervalo, mas eles voltaram com um ímpeto renovado e marcaram três gols em meia hora de jogo com Cea, Iriarte e Castro, vencendo o jogo por 4 a 2 e conquistando a primeira Copa do Mundo. A comoção foi tanta que o dia seguinte à conquista foi declarado feriado nacional. E assim começou a história das Copas do Mundo.

I Copa do Mundo - 1930 - Uruguai

Campeão: Uruguai
Vice: Argentina
3º lugar: Estados Unidos
4º lugar: Iugoslávia

Período: de 13 a 30 de julho de 1930
Total de jogos: 18
Gols marcados: 70
Média de gols: 3,89 por partida
Artilheiro: Stabile (Argentina) - 8 gols
Público total: 575.300 pagantes
Média de público: 31.961 pagantes

O Brasil: 6º lugar - 2 jogos (1V e 1D) / 5GP 2GC
Jogos: Iugoslávia 2x1 Brasil (Tirnanic e Beck (I) / Preguinho (B)
Brasil 4x0 Bolívia (Preguinho (2) e Moderato (2))

quinta-feira, 6 de março de 2008

Adnan Hamad é o novo técnico do Iraque


Adnan Hamad foi confirmado pela Federação Iraquiana de Futebol como o novo técnico da seleção local. Ele substitui o norueguês Egil Olsen, demitido após o empate em casa por 1 a 1 com a China, na rodada de abertura das eliminatórias asiáticas para a Copa de 2010. Olsen, por sua vez, havia entrado no lugar do brasileiro Jorvan Vieira, que levou os Leões da Mesopotâmia à história conquista da Copa das Nações Asiáticas em 2007.

Esta será a quinta passagem de Hamad pela seleção iraquiana nos últimos oito anos. O ex-jogador de 47 anos comandou a equipe pela primeira vez em 2000, foi o técnico nas eliminatórias para a Copa de 2002 e dirigiu o time olímpico que chegou às semifinais em Atenas-2004.

A próxima partida do Iraque nas eliminatórias acontece dia 26, em Doha, contra o Catar. A Austrália lidera o grupo 1 após a vitória por 3 a 0 sobre os marrons na estréia.

quarta-feira, 5 de março de 2008

História das Copas - Uruguai 1930 (parte I)

Começamos hoje a contar um pouco mais da histórias das Copas, com a primeira parte da história da primeira Copa do Mundo, realizada em 1930 no Uruguai.


A decisão da FIFA de sediar no Uruguai a primeira Copa do Mundo não foi bem aceita por todos, já que a Europa afundava numa crise econômica e participar da Copa envolvia uma longa e cara viagem de navio. Além disso, significava que os clubes teriam de dispensar seus melhores jogadores por quase dois meses.

O Uruguai havia sido escolhido como sede pelo fato da seleção do país ter se sagrado bicampeã olímpica em 1924 e 1928, ganhando o apelido de "Celeste Olímpica". Desta forma, a FIFA presenteou o melhor escrete da época com a sede da Copa - e com uma chance imperdível de se sagrarem campeões mundiais. Os uruguaios eram os favoritos.

Foi a única Copa cujos participantes foram definidos apenas por convite. Das 16 seleções convidadas, apenas 13 participaram. Foi uma mini Copa América, afinal apenas Iugoslávia, Bélgica, Romênia e França toparam fazer a dispendiosa viagem. Aliás, o sorteio das chaves só aconteceu quando todos os times já se encontravam em solo uruguaio, algo bem diferente do que acontece hoje em dia.

O primeiro jogo da história das Copas foi uma massacrante vitória de 4 a 1 da França sobre o México, que se tornaria a partir dali um saco de pancadas por décadas. Na primeira fase, os 13 times foram divididos em um grupo de quatro e três grupos de três times cada. Classificaram-se para as semifinais Argentina, Iugoslávia, Uruguai e Estados Unidos, vencedores de seus respectivos grupos.

O Brasil jogou mal e foi logo eliminado. Apesar disso, teve seu herói, o jogador Fausto, o “Maravilha Negra”, considerado o melhor jogador da Copa, mesmo tendo disputado só dois jogos. A seleção teve dois anti-heróis nessa Copa: um foi o frio do duro inverno uruguaio, e o outro foi a famosa “tremedeira” no primeiro jogo contra a Iugoslávia, perdido por 2 a 1. O próprio Fausto, na época, foi claro: “feio não é perder; feio é ter medo”. No segundo jogo, a goleada sobre a Bolívia de nada adiantou, pois a Iugoslávia também venceu seu jogo contra os sulamericanos e o Brasil foi eliminado.

terça-feira, 4 de março de 2008

Bert van Marwijk assume Holanda após a Euro


A KNVB anunciou que Bert van Marwijk, técnico do Feyenoord, será o substituto de Marco van Basten no comando da seleção holandesa. Ele assume a Oranje após a disputa da Eurocopa e assina até julho de 2010. Van Basten aceitou convite do Ajax para treinar o clube de Amsterdam na temporada 2008/09.

Van Marwijk já havia treinado o Feyenoord de 2000 a 2004, conquistando a Copa da Uefa em 2002, sobre o Borussia Dortmund. Seu primeiro trabalho relevante foi no modesto Fortuna Sittard, finalista da Copa da Holanda em 1988. Curiosidade: ele é sogro do meiocampista Mark van Bommel, do Bayern de Munique.

Como jogador, o ex-meia-atacante de 55 anos defendeu o Go Ahead Eagles, de Deventer, sua cidade natal, o AZ Alkmaar, o MVV Maastricht e o Fortuna Sittard. Ele tem a missão de qualificar a Holanda para sua nona Copa do Mundo.

segunda-feira, 3 de março de 2008

A Copa do Mundo



Entra no ar hoje o Febre Mundialista, um blog que pretende levar informações, curiosidades e um pouco da história das Copas do Mundo para quem é doente por Copa. Acompanhe conosco a contagem regressiva rumo à África do Sul, palco da 19ª edição do maior evento do esporte mundial. Para começar, alguns trechos do livro "Ora, Copas!", que tive o prazer de escrever com os amigos Carlos Eduardo Giacomeli e Rafael Felippe para o trabalho de conclusão de curso da Faculdade de Jornalismo, ainda em 2005.

Que a febre comece!

"Quando assumiu a presidência da FIFA em 1921, o francês Jules Rimet tinha um sonho: organizar um campeonato mundial de seleções. A Europa sofria com as chagas da Primeira Guerra e somente nove anos depois esse sonho se tornaria possível, com a decisão de sediar o primeiro torneio no Uruguai, em 1930.

O Mundial teve a participação de treze equipes e passou a se chamar “Copa do Mundo”, em alusão ao formato da taça entregue ao vencedor – naquela primeira edição, o Uruguai. Mal sabia Rimet a magnitude que o sonho alcançaria: Setenta e cinco anos depois da primeira edição, a Copa do Mundo movimenta cerca de duzentos bilhões de dólares em todo o mundo, seja em patrocínio, salários dos jogadores, organização, turismo ou venda de direitos de transmissão.

O grande responsável pelo crescimento que a Copa do Mundo sofreu e pela transformação em um negócio bilionário foi o brasileiro João Havelange. Eleito presidente da FIFA em 1974, fechou contratos com a ISL, empresa de marketing, para negociação dos direitos de transmissão; com a Adidas, fornecedora de todo o material esportivo da competição (bolas e uniformes dos trios de arbitragem); e com a Coca-Cola, maior patrocinadora do torneio, que pagou US$8 milhões para ser a companhia oficial de bebidas do Mundial da Argentina, em 1978. Havelange agregou mais países à FIFA do que qualquer outro presidente da história da entidade: em 1979, a instituição máxima do futebol contava com 146 afiliados e hoje possui 207, mais até que as Nações Unidas, que tem 191. Em 1982, aumentou o número de participantes da Copa de dezesseis para vinte e quatro e, em 1998, antes de deixar o cargo, para trinta e dois, o dobro do número original.

Mas não é só de números que é feita a Copa do Mundo. Acima de tudo, está a paixão. O futebol é o esporte mais popular do mundo, praticado por cerca de 240 milhões de pessoas em todo o planeta. Tamanha importância pôde ser verificada em 2002, quando a FIFA realizou um estudo em treze países e em todos foi apontado como o esporte favorito da população. Não surpreendem então as cifras que compõem a Copa do Mundo.

Guerras nos bastidores, intrincadas negociações bilionárias e a fina linha que separa a beleza do esporte do mercado do entretenimento. Apesar de tudo isso, é fato que a Copa do Mundo ostenta até hoje o glamour dos grandes craques, a emoção dos jogos clássicos e a sadia rivalidade entre as nações – desde que restrita às quatro linhas. Além da espera de quatro anos que deixa muitos torcedores agonizando e que acaba frustrando as chances de determinado jogador disputar mais uma Copa, o charme do Mundial é exatamente o caráter imprevisível que ele adquiriu ao longo dos anos. Em todas as edições, a Copa apresenta três características distintas que, embora não necessariamente sempre apareçam juntas, dão novo sabor à disputa: muitos favoritos e candidatos absolutos ao título caem pelo caminho; muitas seleções desconhecidas e desacreditadas surpreendem com um futebol diferente; e a principal: em final de Copa, o favorito vencer não é regra. É exceção.

É por essas e outras que a Copa do Mundo ainda fascina gerações e gerações de torcedores, ainda é a realização profissional de jogadores e jornalistas, ainda é o expoente máximo do futebol mundial. E é por essas e outras que, quando assumiu a presidência da FIFA em 1998, o suíço Joseph Blatter sabia que o sonho de Jules Rimet tinha se concretizado. E sabia que esse sonho nunca iria morrer. "